12 janeiro, 2011

Persona

Somos seres humanos. Somos a única espécie com o poder de pensar, imaginar, perceber sentimentos. Somos a espécie que consegue se recriar todos os dias. Criamos um conceito todo particular da vida e como leva-lá.

Não, não, hoje não vou falar de como você leva a sua vida, até mesmo porquê venho pensando muito sobre como levo a minha própria vida de uns tempos pra cá. Mas dos papéis que assumimos durante esse "processo" que chamamos de viver.

Vivemos acreditando que somos independentes, que somos aquele diamante polido em meio à um lamaçal. Acreditamos que somos o ser imune, livre de culpa. Acreditamos que temos o poder de controlar o mundo, o nosso mundo, o mundo de outra pessoa. Eu ainda vou descobrir porquê nos achamos especiais, quando na verdade não somos. Deve ser aquele tão falado ego.

E quando acontece alguma coisa? Aí nos vemos com aquele pensamento de "Ah, por que isso foi acontecer comigo?! Eu sou tão certinho! Não faço nada de errado! Aqui fazemos o papel de inocentes ou de "ultima bolacha do pacote".


E quando decidimos ficar com raiva do mundo? Inventamos desculpa esfarrapada pra descontar a raiva no primeiro que vier pela frente. "O mundo é uma desgraça, esse lugar é injusto, desumano, sem sentido" Aqui, fazemos o papel de vítima.

Há muitos outros muitos papeis que são protagonizados, dia após dia nesse teatro. Papeis que não fazem sentido. Aliás, nada faz sentido aqui. Talvez não deva ter sentido mesmo. Usamos máscaras que escondem o que realmente sentimos e o que somos. Muitos ainda não sabem o que ou quem são.

Qual você vai usar hoje?

Mas há uma coisa que pulsa dentro de você, um frenesi que te empurra pra frente, te levanta toda manhã e tira o seu sono de noite, dizendo que você tem que viver, ou sobreviver. De alguma forma, não importa qual: você tem que ser algúem, mesmo que você não goste do que vai se tornar. Esses papeis que vivenciamos mostram esse desejo pulsante pela "auto-afirmação". Mostram o nosso desejo de provar para o mundo que estamos vivos.

Só não nos damos conta de que o tão falado Mundo não existe! O que existe mesmo é aquele mundo que existe dentro da gente. A parte de nós aonde ninguém mexe, ninguém sente, ninguém julga e ninguém vê nada. Aonde as mascaras caem. É esse mundo que molda o "mundo" que existe lá fora. Porém, somos capazes de viver fora dele tentando provar algo pra alguém e esquecemos de provar algo para nós mesmos.

Viver para ser rico, ter cobiça, bens materiais, status, ser magro, atlético... ou deixar o ator coadjuvante sair de cena para se encontrar com o real protagonista dessa história?

Escolha bem. Uma decisão sábia fará todo o resto lhe ser adicionado com o tempo.

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