13 setembro, 2010

Nem tudo é como a gente quer?

Quantas vezes já não ficamos irritados por uma coisa não ter dado certo? Quantas vezes não ficamos frustrados por perder o horário para ir trabalhar, quando chove, quando faz sol demais, por esquecer alguma coisa em casa, por esquecer de fazer alguma coisa, por não ter tempo pra nós mesmos?

Uma pergunta que eu sempre faço pra mim mesmo é como chegamos nesse estado, onde tudo que fazemos parece não nos agradar da forma que deveria. Somos insatisfeitos por natureza, por adaptação, e um sintoma básico disso é reclamar de tudo e de todos.
Mesmo que essa coisa seja explendorosa, fantásica, sempre parece que ainda está faltando alguma coisa, um pequeno detalhe que passa despercebido, coisa essa que sempre nos deixa desconfiado e com uma preocupação latente.

Não me lembro da última vez que fiquei extremamente irritado com alguém ou alguma coisa. A raiva é como uma válvula de escape que deixa sair tudo de ruim que temos dentro de nós e, as vezes, a nossa raiva é a satisfação de outra pessoa.

Percebem, caras pálidas: essa é a lógica das coisas: Se esta bom pra mim, está ruim pra você e está horrível pra outrem. Essa coisa de estabelecer um padrão comum de vivência, de pensamentos, de religiôes não dá certo, nunca deu. O problema é o mesmo que eu já venho pensando à algum tempo: Aqui vive muita gente! Não saiu o último Censo ainda, mas devemos ser mais de 190 milhoes: Mais de 190 milhoes de opiniões, mais de 190 milhoes de jeitos de fazer a mesma coisa, de achar o que esta certo, errado, e do que esta errado, certo.

De fato, engolimos sapos e mordemos lábios frustrados todo dia, mesmo que inconscientemente. Exemplo: olhe pra onde você está... você queria estar nesse lugar? Você queria ir para o próximo lugar que você vai após este? Aonde você queria estar agora? Sozinho ou com alguém?

Eu queria estar em algum lugar fotografando coisas como essa:
To levando mesmo essa história de fotógrafo à sério...



















Vivemos um padrão básico de vivência social que exige que tenhamos escolaridade, que exige que trabalhemos 8 horas por dia e que tenhamos dinheiro, muito, se possível. O ruim disso tudo é que discordamos da intensidade desse modo de vida, mas seguimos a regra por instinto de sobrevivência. Quem não queria trabalhar 2 dias na semana e folgar os outros 5? Esse modo de vida cria pessoas estressadas e quase sempre chateadas por não saberem direito aonde querem e onde vão chegar com toda essa loucura. A frustração pelas coisas corriqueiras esconde essa incerteza.


Mas o que, de fato, você quer?


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